📊 COVID-19 - Relatório Global Completo de 14 de Agosto de 2020

COVID-19 - PÓDIO DOS GENOCIDAS - Relatórios

COVID-19 - Pódio dos Genocidas - Relatório Global Completo

🗓️ 14 de Agosto de 2020

 

📋 Pódio dos Genocidas (14 Agosto).pdf

🥈 Brasil - Há Cinco Meses No Pódio De Genocidas

A princı́pio, vale ressaltar que cada número que se soma às estatı́sticas deste estudo é uma vida que lutou ou ainda luta contra a covid-19 ou mesmo foi vencida por ela. Muitas destas vidas sequer tiveram o direito de fazer uma quarentena adequada. De praxe, a de trabalhadores e trabalhadoras pobres. Alguns por serem de atividades essenciais à vida humana, como da área da Saúde, da produção de alimentos e de serviços relacionados a esta. Em todo o mundo, muitos trabalhadores e trabalhadoras que não exercem atividades essenciais não tiveram alternativa, a não ser colocarem suas vidas em risco para garantir só, e somente só, o lucro dos patrões durante a pandemia.

Diante de uma crise de Saúde Pública, como a atual, o que esperarı́amos dos nossos governantes é, prioritariamente, minimizar o número de vı́timas por covid-19. E isto só pode ser feito garantindo toda forma de prevenção, inclusive o isolamento social que, certamente, é a principal barragem da dispersão do novo coronavı́rus. Sem dúvidas, a melhor forma de garantir a vida é através da prevenção. O tratamento, portanto, sempre foi uma segunda alternativa. No entanto, não é preocupação do governo de Bolsonaro e Mourão que as pessoas fiquem vivas. Nas esferais estaduais, governadores se alinham a polı́tica genocida de Bolsonaro, tanto da direita tradicional quanto os ditos de esquerda como PT e PCDoB. Para estes, o combate a pandemia se reduz a manter o Sistema de Saúde operando dentro da capacidade. Ter leitos disponı́veis é muito importante, mas não é suficiente para minimizar a morte ou o sofrimento humano. Nem mesmo isto tem sido garantido, pois pessoas tem morrido nas filas por espera de leitos. Minimizar o número de mortes equivale a garantir a quarentena geral. Mas no modelo de sociedade na qual estamos inseridos, isolamento social e Economia são incompatı́veis, não convivem juntos. Se o Estado prioriza a saúde do trabalhador, a da Economia, que já estava doente, entra em colapso. Isto porque a Economia da ordem depende extremamente do mercado, da circulação de capital. O repouso não é permitido na Economia capitalista[2]. Sem um isolamento social efetivo, quem paga o preço da crise na Saúde e na Economia é a classe trabalhadora, os indı́genas, pobres, negros e as pequenas empresas.

Desde os primeiros dias de pandemia no paı́s, Bolsonaro nunca demonstrou interesse em preservar a vida dos trabalhadores brasileiros. Suas falas infelizes pertinentes aos mortos por covid-19 são uma demonstração disso. Na mais recente, ele disse ”Vamos chegar aos 100 mil mortos, mas vamos tocar a vida”. Nem mesmo é de seu interesse garantir os mı́seros R$ 600,00 de auxı́lio emergencial para trabalhadores de baixa renda afetados pela crise na Saúde Pública. Ao dizer que a Economia não pode parar e que se preocupa em manter empregos, Bolsonaro esconde a sua verdadeira intenção: a de que, para manter os lucros dos grandes empresários, os trabalhadores não podem fazer quarentena. A verdade é que o governo deveria manter os empregos dos trabalhadores sem nenhuma perda salarial. Também deveria deixar de pagar a dı́vida pública que consome quase metade do orçamento da União e garantir o auxı́lio emergencial com pelo menos dois salários mı́nimos mensais.

Os números que estão por trás dos fatos nos mostram que está mais do que claro que, salvar vidas, não é prioridade de nenhum governo do capital, em toda parte do mundo. Ainda antes deste texto ficar pronto, o Brasil atingiu a casa de 100 mil mortes por covid-19 e, praticamente no mesmo dia, 3 milhões de casos confirmado. E no lugar mais alto deste pódio de genocidas, os EUA chegaram a 5 milhões de casos confirmados. No degrau abaixo do Brasil, no 200º dia contado da pandemia, a Índia dobrou o número de casos em 29 dias, figura 1(e). Ou seja, aquele paı́s registrou em 29 dias a mesma quantidade de casos acumulados nos primeiros 171 dias. Não é difı́cil perceber que aquele paı́s está disputando acirradamente com o Brasil a posição dos Estados Unidos.

Enquanto a crise sanitária aflige os setores mais pobres, trabalhadores aposentados e da ativa, os mais ricos ficam ainda mais ricos durante a pandemia. Fato: Nos últimos meses deste ano, 42 bilionários brasileiros aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões, aproximadamente R$180 bilhões. ”É justo os mais ricos, os bilionários desse paı́s, ficarem mais ricos na pandemia? Tá errado.”, resposta dada pelo metroviário Altino Prazeres à Rede Globo da capital paulista por perguntar-lhe “como o sindicato enxerga uma greve, em meio à pandemia”.

Discussão completa na Seção 0.4 e Considerações Finais na Seção 0.5 em Pódio dos Genocidas (14 Agosto).pdf
 

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#VacinaPraTodos #QuebraDePatentesJá! #ForaBolsonaroeMourão!

Expor aos oprimidos a verdade sobre a situação é abrir-lhes o caminho da revolução. (Leon Trotsky)

Khayla Elias dos Santos
Belo Horizonte, MG, Brasil

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